Não sei explicar as razões, mas, pelo menos na maioria das minhas experiências, o nível de sacanagem costuma ser inversamente proporcional ao nível de intelectualidade. Não é regra, porém quando o raciocínio funciona demais nem sempre o pau acompanha. Às vezes, uma dose de ignorância ajuda a tornar a trepada mais natural, mais instintiva, menos estudada, com mais tesão e menos elucubrações mentais que não colaboram muito com a paudurescência. Mas dessa vez minha teoria perdeu o sentido. O poder das ideias não diminuiu a intensidade da putaria. Conheci um sociólogo que meteu com força no meu corpo e na minha mente.
Foram as palavras que nos atraíram graças a ajuda do senhor Google. Pesquisando alguns temas, acabei chegando ao blog dele, cheio de textos “de esquerda” bem escritos, típicos de um sociólogo. Trocamos alguns e-mails, ideias e até conversamos por Skype, porém sem nenhuma intenção safada, pelo menos explícita até aquele momento. A câmera dele não era lá essas coisas e não consegui vê-lo direito. Fotos de Facebook não são um bom parâmetro para mim, preciso ver as pessoas em movimento.
Continuamos por um tempo com as conversas digitadas e frases bem elaboradas. Em uma noite qualquer, provavelmente depois de alguns dias sem gozar, o diálogo descambou para a sacanagem. Não consigo lembrar o que desencadeou o novo vocabulário entre nós. Só sei que eu já estava fazendo mil contorções para conseguir digitar e me tocar ao mesmo tempo. Eu torcia para que ele escrevesse frases bem longas para eu ter tempo de aproveitar toda aquela excitação repentina.
Como não o conhecia mesmo, traduzia todo o desejo que vinha à minha mente pervertida, sem receio do que ele iria pensar. E ele continuava a alimentar minhas fantasias e se excitar com o meu desespero. Aquela putaria virtual realmente estava tomando conta do meu corpo. Era como se ele estivesse na sala comigo. Para a minha buceta, não havia diferença nenhuma entre o virtual e o real, os fluidos se proliferavam da mesma forma.
Em um ato de impulsividade, pedi para ele vir até a minha casa me comer, naquela hora, que eu não aguentava esperar. Ao invés de responder que estava saindo, ele meu deu um banho de realidade, dizendo que talvez demorasse um pouco pra chegar, que não tinha dinheiro na mão para o táxi. Interpretei a resposta como um “agora não” e achei melhor não insistir. Eu poderia implorar, dizer que tinha dinheiro em casa, resolver os problemas “práticos” pra ele, mas preferi deixar para outra vez. Afinal, nunca tínhamos nos visto, talvez aquele tesão todo fosse apenas uma ilusão, uma criação da minha imaginação carente de uma boa foda.
Sem sentir ao menos o cheiro dele era difícil prever se a trepada valia a pena. Como ele tinha uma palestra marcada para aquele fim de semana, fiquei de ir até lá para ouvi-lo, depois quem sabe poderíamos ir além da putaria virtual.
Desliguei rapidamente o computador e fui pro quarto extrair cada gota de gozo ansioso por um pau de verdade. Fiquei só com a camiseta do pijama, rolando de um lado para o outro na cama, esfregando minhas coxas e imaginando como seria o corpo dele. Falei o nome dele em voz alta e me masturbei com pressa, queria gozar logo, estava ensopada, não suportava mais segurar a vontade. Enxuguei minha buceta molhada no lençol e caí no sono.
No sábado, cheguei cedo para assistir a palestra, mas preferi um lugar no fundo da sala. Vesti um shorts leve e uma blusinha de tecido sem sutiã. Meus seios pequenos estavam bem acomodados na roupa, porém o ar-condicionado me deixava desconfortável com os faróis acesos. Felizmente, alguém desligou o aparelho antes da palestra começar.
Ele falava muito bem, era bastante articulado, como eu já imaginava, porém evitava me olhar. Eu tinha certeza que ele havia me reconhecido, mas preferia não me direcionar o olhar. Será que ele estava com medo de se desconcentrar? Essa timidez juvenil dele me excitou ainda mais. Eu o encarava fixamente e ficava imaginando-o sem roupa.
Ele era mais alto do que eu previa, tinha ombros largos, mãos delicadas, pele morena, cabelo meio black power, porém não muito grande. Fiquei pensando se ele também teria um pau de negro. Só havia experimentado um afropauzudo uma vez. Não queria exagerar nas expectativas para não me decepcionar depois.
Não ouvi metade do que ele falou. Passei grande parte da palestra divagando sobre seu corpo por baixo da camisa e da calça social. Como não havia muito público, a sala esvaziou logo no fim do evento. Fiquei esperando para cumprimentá-lo e tentar arrastá-lo para um almoço. Nos abraçamos recatadamente e ele pediu para que eu o esperasse arrumar suas coisas. Seus amigos o convidaram para um café e ele sugeriu que eu os acompanhasse, para meu total desapontamento. Eu queria mesmo era uma chance de ficar a sós com ele.
Entramos em uma padaria abarrotada de gente e aproveitei a deixa para tirá-lo dali, pedi para irmos para outro lugar almoçar, que já estava tarde para um café. Ele concordou e nos despedimos do grupo sem muitas explicações.
Almoçamos conversando amenidades de um primeiro encontro de carne e osso. Faltou espaço para a sacanagem e eu não consegui avaliar se ele estava suficientemente atraído por mim. Ele tinha outros compromissos na sequência e teríamos que nos despedir ali mesmo, na rua, entre os passantes apressados. Na hora do abraço, senti o corpo dele mais perto, ele me pegou com firmeza e me colou ao peito. Senti a respiração dele na minha orelha, imediatamente minhas pernas amoleceram, busquei seu pescoço e beijei suavemente sua pele, levemente salgada de suor.
O abraço foi ficando mais apertado, suas mãos seguras percorriam minhas costas e os nossos corpos bambos, errantes, atrapalhavam os pedestres na calçada. Os beijos aconteceram desesperados, sugados, com desejos e intenções escorrendo pela saliva, em plena luz do dia, à vista de quem quisesse ver ou condenar.
Se ele baixasse meu shorts ali, naquele instante, eu apenas abriria minhas pernas e deixaria ele meter do jeito que quisesse. Para aqueles que nos assistiam, eu poderia no máximo oferecer minha boca para chupar o que me enfiassem através dos lábios.
O cheiro dele era perfeito para o meu nariz, o corpo dele me envolvia de um jeito que impedia de me afastar, tinha medo de soltar seus braços e não alcançá-los de novo. Mas os seres racionais que ainda existiam em nós, infelizmente, falaram mais alto e nos desgrudamos, mesmo sem balde d´água fria.
Ele precisava ir e eu também, mas minha mão continuava alheia ao meu comando e permanecia segurando a cintura dele. Combinamos de fazer apenas um intervalo e nos encontrarmos mais tarde, na casa dele, para continuar de onde havíamos parado.
Fiquei observando enquanto ele virava e esquina e pensando em todos aqueles filmes em que a mocinha corre atrás do mocinho, pedindo para ele não ir. Eu mal o conhecia, mas tive medo que ele fosse e não voltasse mais, que aquela trepada que prometia ser fodástica não se realizasse. Trepadas fodásticas são momentos raros na vida, daqueles que fazem valer a existência, daqueles que compensam todos os riscos, daqueles que provam que a gente viveu de verdade, que não passou por esse mundo sem provar uma boa dose de luxúria.
Mas ele voltou. Ligou, na verdade, passando seu endereço. Como estava calor, comprei cervejas. Levei também algumas coisas para comer, já que os homens costumam pensar menos nesses detalhes. Coloquei um salto alto para aproximar minha bunda da cintura dele.
Assim que ele abriu a porta, continuou a me beijar da mesma maneira ávida que havia feito na rua, como se realmente estivéssemos dando sequência àquele mesmo momento. Perguntei se ele não queria tomar uma cerveja ou conversar um pouco. Ele me respondeu que não queria saber de nada naquela sala além de mim e me encostou com força na parede.
Era um homem intelectualizado e feroz ao mesmo tempo, apesar de sua racionalidade aguçada, naquela hora ele era apenas um macho querendo devorar a fêmea, sem tempo para blá-blá-blás inúteis. Foi logo abrindo minha blusa sem pedir permissão e metendo a mão em todos os buracos que conseguia alcançar enquanto sua língua me arrancava o fôlego.
Virei de costas para esfregar minha bunda no seu pau duro por cima da calça jeans. Fiz minha costumeira rebolada. Ele me engolia a orelha, a nuca, segurava meus peitos, quase entrava dentro de mim em um frenesi agitado. Resolvi quebrar o ritmo ajoelhando para, finalmente, descobrir o seu pau. Antes de expor seu membro rígido, acariciei seu peito e seus mamilos sensíveis.
O pau dele era grande, pesado, grosso, o clichê perfeito para um quase negão. Só de encher minha mão com aquele pau perfeito minha buceta tinha choques de tesão. Por mim, ficaria horas só admirando aquele exemplar magnífico de virilidade. O único problema é que o pau dele não cabia inteiro na minha boca, engolia o máximo que aguentava e então partia para a glande, que eu sugava e lambia com a voracidade de uma mulher que acabou de sair da abstinência.
Era delicioso bater com o pau dele na minha cara, sentir o peso daquele membro inchado de sangue e pronto para me dilacerar. De tanto chupá-lo, eu já estava encharcada e extremamente excitada com aquele homem urbano-selvagem.
Levantei e o segui até o quarto. Fomos tirando o resto da roupa pelo caminho e nos pegando como dava, com gestos descoordenados pela ansiedade do tesão. Ele deitou na cama e continuei a explorar seu pau com meus lábios, chupando suas bolas raspadas e percorrendo toda a extensão do seu membro com o interior da minha boca. Continuei assim enquanto ele encaixava a camisinha, não aceitava perder nem um grau daquela ereção de um homem no auge dos seus 30 anos.
Ele pediu pra eu subir no pau dele e começou a falar sacanagens gostosas. Perguntava se era isso que eu queria. E eu, sempre obediente, respondia que sim, queria muito. Ele me elogiava me chamando de vagabunda, gostosa, cachorra. E eu ficava ainda mais molhada.
Por mais que eu quisesse pular com vontade no pau dele, minha anatomia de mulher pequena e delicada não me permitia, infelizmente não naquele momento. Então ele veio por cima, afastando minhas pernas e metendo seu pau lentamente a uma profundidade que eu nem sabia que existia dentro de mim. Aos poucos, foi se tornando cada vez mais violento. E eu, apesar da dor, incentivava a violência, suplicava por mais e mais estocadas.
O rosto dele se contorcia e a boca dele se abria. Feito bicho irracional que apenas precisa saciar um instinto, ele continuava com seus movimentos ininterruptos. Meu corpo parecia que iria se partir em dois com o gozo que estava prestes a explodir. Eu não conhecia o tempo daquele homem, não sabia a quanto tempo ele estava da esporrada, então decidi seguir pelo menos o meu tempo, que eu conhecia. Friccionei meu clitóris com tanta intensidade quanto a da suas metidas cadenciadas. Não demorou para eu gozar gritando de prazer, provavelmente fazendo caretas que prefiro não vislumbrar para não perder a autenticidade do meu gozo.
Ele não gozou, talvez fosse a camisinha. Pedi para sentir sua porra na minha boca. Mesmo com todos os músculos relaxados, continuei a chupar seu pau, ansiosa pelo seu jato. Quando estava prestes a gozar, ele segurou minha cabeça e meteu com força na minha boca. Ao sentir o primeiro jato, abri meus lábios o quanto pude e afastei minha cabeça para poder sentir sua porra farta se espalhando por todo o meu rosto.
Ainda consigo lembrar da expressão dele. Os gozos que testemunhamos na vida são como imagens divinas que não esquecemos jamais. Depois de saciados, antes de engatarmos mais uma trepada que terminaria comigo de quatro pedindo para ele me arrebentar, conversamos no mesmo ritmo do sexo, com ideias de brilhar os olhos e histórias de acalentar a alma. Ele metia no meu cérebro com a mesma vitalidade que metia no meu corpo. Nunca vou me esquecer desse intelectual safado e desses momentos de luxúria de corpo e mente.
Texto por Francesinha em Para Pensar em Sexo